1932 – Na noite do dia 17 de junho, no engenho Cafundó, município de Buenos Aires, em Pernambuco, a agricultora Joana dá a luz ao primeiro de seus sete filhos: o menino de nome Euclides Almeida do Nascimento.
1935- Euclides cresce no engenho Cafundó e é criado com muito sacrifício por seus pais que, todo fim de ano fazia o pagamento do foro ao dono do engenho onde trabalhavam.
1940- Aos 8 anos viu pela primeira vez o eclipse total do sol. Pensou que fosse o fim do mundo e correu para o colo da mãe para morrer em seus braços.
1942 – Euclides vai a escola pela primeira vez aos 10 anos de idade. Andava 4 km por dia para chegar lá e cursou até a 3ª série primária pois teve que abandonar os estudos para trabalhar na roça com o pai, Ladislau.
1945- Viu no céu da roça onde trabalhava uma esquadrilha de cinco aviões e pensou que a segunda guerra mundial havia chegado lá para bombardear o engenho.
1949 – Ladislau consegue comprar oito hectares de terra no sítio Itaparica, em Nazaré da Mata, Pernambuco. Finalmente a família tem um pedacinho de terra para plantar e colher para sustento próprio.
1956- Apaixona-se e noiva com Zéza, filha do do camponês paraibano Manoel Romão das Neves, casado com sua tia por parte de pai, Davina.
1959- Em janeiro deste ano Euclides casa com Zéza no sítio João Gomes, localizado no Estado da Paraíba.
1960- Como zelador do apostolado da oração da igreja católica da diocese de Nazaré da Mata, Euclides é convocado pela igreja para fazer um curso de 12 dias no Serviço de Orientação Rural de Pernambuco (Sorpe), na capital Recife. Lá aprende que o sindicato é um organismo de luta para defender a classe camponesa injustiçada pelo sistema latifundiário brasileiro.
1961- Percorre engenhos e sítios conscientizando os camponeses de que era preciso mobilização para mudar as condições de trabalho no campo. Assim, funda o Sindicato dos Trabalhadores Rurais nos municípios de Nazaré da Mata, Carpina, Paudalho e Vicência. Passa a trabalhar três dias na roça e três dias para o sindicato.
1962- Euclides participa ativamente da fundação da Federação dos Trabalhadores da Agricultura de Pernambuco, Fetape. De acordo com a lei sindical brasileira, com cinco sindicatos formados no Estado, era por direito fundar uma Federação.
1963- Em novembro deste ano, pela Federação, Euclides coordena uma greve histórica pelo pagamento do 13º salário em que envolve todas as forças que atuavam no campo. O protesto resultou no acordo imediato com o governador da época, Miguel Arraes em que foi estabelecido um ajuste de 80% para todos os assalariados agrícolas.
1966- Euclides é eleito presidente da Fetape e assim encarou várias lutas nos engenhos, usinas, e órgãos públicos.
1972- Por suas ideias combativas , Euclides foi impedido de concorrer a dirigência da Federação num processo de cassação branca.