Prezados,
Este tal do Euclides, protagonista do filme A Voz do Campo era Presidente da Federação de Trabalhadores em 1966,época que voltei de Palmares para Recife e com quem convivi na liderança sindical de Pernambuco. É cabra bom e um amigo que há anos não vejo. Me emocionei com o filme. E já que falaram na filha do Euclides, Daniella, que dirige o filme, vai a sugestão para mais um que retrata a peripércia deste Pernambucano da bichiga lixa. Nos anos 60 o IADESIL (Instituto para Desenvolvimento do Sindicalismo Livre- entenda CIA) organização americana que atuava junto aos sindicatos, enviava líderes rurais para os Estados Unidos para “lavagem …” O Euclides embarca para uma destas viagens e o Avião sofre uma pane no Panamá e atraza um dia para chegar em Nova York, onde os grigos esperam-no para levar para o reduto do treinamento ,local chamado Front Royal, nas imediações de Wasington. O Euclides sem nenehum endereço,sem falar inglês, nem mesmo espanhol, ficou perdido e com apenas a pasagem de volta. Foi levado para um hotel e no dia seguinte estava de volta a sua Nazaré da mata. 15 dias após recuperar-se do susto, choque e bruta sacanagem dos gringos, nosso heroi passou a relatar a aventura até no púlpito da catedral de Nazaré da Mata. Livrou das garras do Tio Sam e da da lavagem ideológica. Um prato cheio para a Daniela realizar mais uma superprodução.

[box] Em 22 de fevereiro de 2010. Comentário de José Pereira num post sobre o filme A Voz do Campo no Jornal da Besta Fubana.[/box]