Foi a falação da democracia e o surgimento dos diversos partidos políticos, cada um prometia resolver a triste situação do homem do campo quando se elegia que chegava ao poder a situação dos trabalhadores era de pior a pior como a cantiga da perua.

Em 1951 um Deputado Federal Fernando Ferrari apresentou na Câmara Federal um projeto de nº 3.562 com objetivo de legalizar os direitos trabalhistas e previdenciários do homem do campo e da mulher camponesa.

Não houve receptividade. Posteriormente fez outra tentativa, através do projeto nº 2.900 de  balde seus esforços afinal de uma luta de 11 anos, aquele parlamentar, com o idealismo que tanto caracterizou viu o seu último projeto de nº 1.837 transformado em lei que sancionada pelo poder Executivo em 02 de março de 1963. O Estatuto do Trabalhador Rural, passando a vigorar em 18 de Junho do mesmo ano.

Pela contingencia do destino o Deputado Ferrari não pôde estar presente na primeira convenção brasileira de Sindicato Rural em Natal – Rio Grande do Norte conosco. Sua memória, porém é reverenciada como testemunho de sua luta em favor do homem do mato, pois faleceu em um desastre aéreo quando pregava aos nossos irmãos do Sul a palavra da união, do dever e do respeito aos princípios democráticos levando consigo o instrumento de redenção. O Estatuto do Trabalhador Rural.

Ainda na década de 50 o Deputado Francisco Julião cria a liga camponesa, um movimento clandestino que teve sua importância ajudou quebrar tabus de latifundiário e despertar os camponeses para sua organicidade. A liga tinha representatividade limitada só representava clandestinamente os seus associados era localizada em alguns distritos de alguns municípios. Como não gozava de prerrogativas legais que pudesse pelo menos representar seus associados perante a autoridade administrativa e judiciária, pregava o suicídio na lei ou na marra. Isto caracterizava passar por cima do sistema jurídico legal e constitucional do país. A liga era na realidade um gatinho pequeno e desregrado metido a bravo na frente do leão. Mas vale paciência pequenina do que arrancada de leão.